HomeAtividadeA classificação municipal das Oficinas Fontes e Torres (intervenção do GEPPAV na reunião de Câmara em Vilar de Mouros)

A classificação municipal das Oficinas Fontes e Torres (intervenção do GEPPAV na reunião de Câmara em Vilar de Mouros)

1. O GEPPAV recebeu na primeira semana de Abril do presente ano, uma comunicação oficial da Direção Geral do Património Cultural relativa à proposta por nós feita em Novembro de 2011 para a classificação patrimonial das Oficinas de Ferreiros Fontes e Torres, no lugar da Torre, em Vilar de Mouros.

2. Nesse ofício, assinado pelo Diretor-Geral, Nuno Vassalo e Silva, que subscreve o parecer técnico da Direção Regional de Cultura do Norte, e os pareceres concordantes do Diretor Regional, António Ponte, e do Diretor de Serviços, Miguel Rodrigues, propõe-se para ambas as oficinas a sua CLASSIFICAÇÃO COMO DE INTERESSE MUNICIPAL, aí constando o seguinte:

 “Atendendo ao seu valor histórico, sócio-económico, tecnológico, no âmbito do património cultural, neste caso industrial, e sendo um dos projetos — a reabilitação da Oficina Fontes — da autoria de José Porto, arquiteto com uma importância a nível nacional e internacional pelos projetos realizados, o espólio que ainda conserva, considera-se que o significado cultural é local, regional, pelo que se propõe a classificação das Oficinas Torres e Fontes como CONJUNTO DE INTERESSE MUNICIPAL, devendo ser enviado à autarquia o processo para que esta promova a respetiva classificação”.

 

3. Na sequência desta comunicação, que reputamos da maior importância para a preservação do património cultural e arquitetónico da nossa freguesia, perguntamos ao senhor presidente — que bem conhece as Oficinas Fontes e Torres, por si visitadas no dia do último Almoço de Reis — se a Câmara, quando receber esta comunicação, como prevê a legislação em vigor, vai rapidamente dar andamento ao processo, de acordo com o disposto no Capítulo V do Decreto-Lei 309/2009 de 23 de Outubro?

4. Esta pergunta sobre a urgência da classificação de ambas as oficinas como IMÓVEIS DE INTERESSE MUNICIPAL, justifica-se pelo progressivo estado de degradação da Oficina Fontes e porque, voltando a citar o parecer técnico da Direção Regional de Cultura do Norte:

“...o espólio que ainda conserva é importante que seja inventariado e salvaguardado face às intenções da venda dos imóveis, uma vez que integram a história da atividade industrial, económica e social de Vilar de Mouros, pelo que também se chama a atenção da autarquia de Caminha para esta matéria.”

5. Finalmente, tendo em conta que a classificação como imóvel de interesse municipal, sendo um meio muito importante, não resolve só por si o fim a que nos propusemos — a musealização daquele conjunto e a efetivação do conceito “Vilar de Mouros – Aldeia Industrial”, como memória do passado da freguesia e ativo económico para o seu futuro,  —, pode o senhor presidente adiantar quando prevê ter a Câmara possibilidades financeiras para empreender a municipalização das Oficinas Fontes e Torres, condição prévia para a sua reabilitação?

Reunião da Câmara em Vilar de Mouros — 28/5/2014, 18.30, CIRV — Intervenção do GEPPAV através de Plácido Souto

 

Para memória futura, a resposta do presidente da Câmara Municipal de Caminha a esta intervenção do GEPPAV pode ser lida aqui.

 

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